segunda-feira, 16 de maio de 2022

Clark Nova série Netflix

 

Estreou há pouco uma nova série  na plataforma mainstream Netflix intitulada: 

Clark


Mas quem foi Clark?






Clark Olofsson






Clark Oderth Olofsson é um criminoso sueco que agora vive na Bélgica. Ele recebeu sentenças por 
tentativa de homicídio, agressão, roubo e tráfico de drogas e passou mais da metade de sua vida em instituições correcionais na Suécia. Olofsson foi considerado o primeiro "gangster de celebridades" da Suécia.






Clark Olofsson, foi o gângster mais controverso e famoso da Suécia, desde a década de 1960 até os dias atuais, tanto que rendeu uma série biográfica e alguns livros.

Ainda muito jovem, Clark conseguia usar seu charme e seu humor para conseguir o que queria em pequenos golpes. Com o passar dos anos, ele passou a tentar golpes maiores, e com isso o charme foi desaparecendo e dando lugar a um certo desespero.

Um dos crimes mais notórios que ele cometeu foi em um banco em Estocolmo, onde ele conseguiu convencer os reféns a apoiá-lo apenas usando a malandragem. Foi ele que deu origem ao que hoje conhecemos como a Síndrome de Estocolmo.





O roubo ao banco em Estocolmo com um parceiro foi um de seus casos mais documentados.
Aparentemente, os reféns se uniram aos bandidos. 
Inclusive, Clark Olofsson ainda é amigo de uma das reféns até hoje, Kristen Enmark. 
Este cenário de roubo e refém causou a insurreição da notoriedade de seu status.









Clark- Netlfix


Clark é uma série controversa sobre o notório criminoso sueco Clark Olofsson. 
Ele passou a maior parte de sua vida na prisão por reincidência, porém arrebatou o coração de muitas mulheres em particular através da mídia.

A série está fazendo bastante sucesso por ter uma narrativa realista.


Bill Skarsgård como Clark:





Clark era um delinquente, com uma aparência, personalidade e inteligência anárquica. A série dirigida por Jonas Åkerlund e estrelado por Bill Skarsgård nos traz a história desse cara, obviamente com licença poética, pois nem tudo é 100% verdade.

Mas Clark é baseado em uma história real?
De fato é! Clark é baseado na autobiografia de Clark Olofsson.
Talvez o motivo de ter se tornado uma minissérie da Netflix, é porque a história de Clark é extremamente complexa e única.

Marijke é real? Quem são os filhos de Clark Olofsson? 
Se você se perguntou se a esposa na série, Marijke, é real, a resposta é sim. 
Ela conheceu Clark aos 19 anos em uma estação de trem na Alemanha em 1976, enquanto o criminoso estava fugindo da polícia após roubar um banco em Copenhague. 
Mesmo conhecendo a extensa ficha criminal de Clark, Marijke casou com o gangster e o casal teve 3 filhos, chamados David, Donegal e Dorian.
O filho mais velho do casal, David, é um renomado compositor e pianista. Já os outros 2 filhos são bastantes reservados e sem atividades nas redes sociais.






Em 1999 o casamento de Marijke e Clark chegou ao fim. 
Atualmente, Marijke leva uma vida reservada, morando em Hasselt em Limburg, Bélgica, onde trabalha como supervisora.

Em Estocolmo o criminoso e amigo de Clark, Olsson, fez quatro funcionários como reféns. Ele exigiu a libertação de seu bom amigo, Clark Olofsson. 
Que foi concedida, e juntou-se a Olsson no banco com os reféns. 
Então esses parceiros do crime ameaçaram os reféns repetidamente. 
Mas apesar da intimidação e da sensação de vida e morte nos cinco dias em que foram mantidos, os reféns gostaram deles.




O verdadeiro Clark Olofsson que atualmente vive na Bélgica:





O que é a Síndrome de Estocolmo?
Então os reféns se uniam nos assaltos do Clark Olofsson, e ele era tão amigável que algumas pessoas criavam empatia por ele. 
Ele é um excelente exemplo de quão forte e influente é a mídia, especialmente com a idealização e romantização de criminosos. 





Clark é uma série irreverente e original sobre a vida de um notável gangster; não tão mau assim, com suas perspectivas sobre vida, mulheres, dinheiro e prazer.
A série apresenta sua infância traumática, com um pai violento, e também foca em suas conquistas amorosas e na forma especial e encantadora com que tratava as mulheres.
Destaque para as filosofias e devaneios de Clark quando ele está preso, com tempo de sobra para monólogos, em que pensa no amor que sente pelas mulheres, e pelo prazer do corpo feminino, de forma poética e irreverente.
Uma grata surpresa para quem procura algo original e fora da caixinha.
Direção, fotografia,  e trilha sonora são fenomenais, com momentos cômicos, takes muito peculiares, e cenas também produzidas com animação.
Sem contar as atuações que são brilhantes, principalmente a de Bill Skarsgård que literalmente rouba a cena, um grande ator.
Sensacional.
Série super recomendada.


Helena Dalillah








"Let The party Begin."
Clark Olofsson.


Até a próxima. 





sexta-feira, 6 de maio de 2022

Pensamento: Falhar

 Prosa e pensamento


Falhar 





Eu falhei comigo. Eu assumo. 

Falhei quando me importei mais com os outros do que comigo. 

Falhei quando estagnei por medo de falhar, e quando tudo que acontecia me levava mais pra baixo e eu não tinha saúde pra pular os obstáculos, e usava os atalhos da vida para seguir empurrando, fingindo estar tudo bem quando só eu sabia o peso que eu carregava e ainda carrego dentro de mim. 

Falhei quando escutei e acreditei em humilhações que me fizeram passar e me achei merecedora delas. 

Falhei quando meu desânimo foi maior que minha disposição. Falhei quando minha esperança foi encoberta pelos meus traumas, e minha dor emocional se tornava crônica e física.

Falhei quando esperei um afago e recebi agressão da vida, de muitas formas, e não me senti forte pra levantar na hora que as pessoas esperavam que eu levantasse. Falhei quando parei de ouvir a mim mesma e minhas necessidades e abri mão do meu bem estar para permanecer em lugares desconhecidos, drenando minha energia com pessoas que não agregavam nem me queriam, só desejavam provar de um momento.

Falhei quando dei toda a minha verdade e lealdade para quem teve a ousadia de mentir olhando nos meus olhos. 

Falhei quando abri minha intimidade, meu eu, meus medos e sonhos para aqueles que não sabiam sequer valorizar um sentimento humano e nem sequer sentir empatia pela minha luta e interesse pela minha história. 

Falhei quando estava me sentindo mal, e me incomodava com atitudes erradas e palavras rudes, e omiti tudo isso em nome de manter uma falsa paz que eu não sentia em relações rasas que não me acrescentaram.

Falhei quando esperei rosas de onde só poderia sair espinhos.

Falhei quando levei toda a culpa por algo que não me pertencia.

Falhei quando aceitei menos do que merecia e me conformei em seguir pela metade. 

Eu falhei quando fiquei deitada por um tempo, e usei um remédio como muleta para parecer alguém normal, mas ele não resolvia minha vida nem minhas dores, só amenizava sintomas de um transtorno. 

Eu falhei quando tentei me encaixar no padrão do outro e esqueci de respeitar quem eu era, e onde eu tinha chegado, apesar de quase morrer antes, e que apesar de menosprezada eu tinha sentimentos profundos.

Eu falhei sim, adoeci sim e me acomodei sim, porque doía muito, mas a posição que estive nunca foi cômoda como muitos pensam, nunca escolhi viver assim,  e sim, de certa forma ainda dói, mas hoje optei por não permanecer assim. Embora o processo seja lento eu não desisti de seguir, mas vou respeitar meus limites. Eu escolhi a mim mesma e priorizar meu bem estar e crescimento, ainda que ninguém tenha enxergado o que me custou continuar aqui, mesmo quando parecia que estava tudo bem. Quando eu usava um sorriso para desviar minha marca de lágrima. Quando eu dançava no escuro mas por dentro minha alma entorpecida vomitava. Quando eu aceitava pequenas agressões a meu corpo e fingia que não doía só para estar com alguém que nem se importava.

Eu quero agradecer quem sempre acreditou em mim e nunca usou o que passei contra mim, e tentou entender mesmo quando eu mesma não me entendia. 

Eu falhei quando me senti insuficiente para todos, quando na verdade eu tinha que ser suficiente para mim e o resto vem depois. 

Eu falhei quando acreditei em tudo de ruim que me aconteceu e levei aquilo como um padrão por não poder reverter, eu falhei quando não consegui perdoar, mas sobretudo absolver a mim mesma da culpa que eu carregava. Eu falhei quando achei que eu pra ser completa precisava ter a aprovação de quem nem me conhecia a fundo, mas se achava no direito de cobrar. 

Eu falhei quando cedi aos outros e não ouvi os meus próprios nãos.

Eu falhei quando quis preencher um vazio que faltava no outro e que não me cabia pois era do passado do outro e não meu.

Eu falhei quando não me aceitei falha, e quis mostrar ser perfeita.

Grata pelo caminho e aprendizado que não é de ninguém mas somente meu. 

Porque só quem sentiu fui eu e só quem podia levantar era eu. 

Obrigada por ainda estar aqui apesar de tudo. Você vai chegar lá, e sozinha. 

De: Eu. 

Para : Eu.


Helena Dalillah






Até a próxima. 

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