quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Carta aberta

 

Carta aberta aos homens






Como uma mulher, não digo menina, mas mulher, pois um dia já fui menina; tenho certas considerações a fazer sobre o sexo masculino como um todo, na atualidade.

Antes de mais nada, venho dizer que essa carta é um lado de uma visão que representa muitas mulheres, não somente a que vos fala.

Sim, sempre fazemos um laboratório ao escrever uma posição ou artigo, e antes de mais nada se o ego for frágil e gerar ofensa, quero que saibam que esse texto é para o objetivo de reflexão, e jamais ataque, ok? (Em tempos como hoje, que deve se dizer o óbvio, não custa avisar).

Eu sai com muitos homens, e até com mulheres e trans também. 

Eu também já me relacionei com inúmeros homens, de muitos credos, estilos e culturas.

Uma coisa que pude observar recentemente, é que sair não significa necessariamente sair, como antigamente.

Um encontro, um date, um jantar, as vezes se resume apenas em uns minutos, uma hora, ou uma conversa superficial de passagem e se considera como um encontro, ou pelo menos se julga assim.

Eu não tenho problema algum com a geração moderna, da selfie, imediatista, de stories que somem após 24 horas, do "quero/não quero", e ele "curtiu minhas fotos, deve estar a fim." 

Mas tenho uma observação notável.

Hoje em dia está tudo fácil, tecnologia ao alcance da mão, tv a cabo, internet, pesquisa disponível o dia inteiro e bem na nossa frente.

Antigamente a gente ligava, visitava, tinha que haver interação, convite, procura, e até oportunidade,  havia o contato, de olhos, de voz, de presença, de gente.

Hoje em dia se flerta por um celular, nada contra; os tempos mudam.

Porém não me parece fácil sair, nem conhecer homens nos dias de hoje, como deveria ser.

O por quê ?

Justamente por estar tudo tão fácil e acessível se banaliza, e se perde o interesse de procurar.

Tem muitas opções, tamanhos, detalhes de mulher, e para um homem, que em sua maioria é visual, a escolha se torna muito vasta e confusa.

Badoo, Tinder, Pof, Instagram, facebook, e tantos outros, em que uma mulher é apenas uma foto: uma imagem e uma descrição. Em que se pode optar: deixar pra depois, achei interessante, quero, não quero, passo.

Baseado em uma imagem, uma descrição, uma pessoa do sexo feminino, com vivências, experiências, pensamentos, sentimentos, essência, natureza, opiniões e inúmeras peculiaridades. 

Toda a complexidade do ser resumido em foto e descrição.

Rótulo.

Isso é justo?

Mas você pode me dizer: - Ué, para a mulher a busca funciona da mesma forma. 

Sim, funciona.

Mas se fala de seres distintos, homemXmulher, originários de planetas completamente diferentes, apesar de se complementarem em muitas ocasiões.

E quando se escolhe; e há uma conversa, afinidade, ou o mínimo interesse, se passa pra próxima fase, que é o encontro ao vivo.

E de lá após muitas conversas, ou não, se define um caso, uma noite, se vai adiante, alguns meses, ou se somente um momento de prazer carnal, e tudo bem, porque a escolha é de cada um.

Mas uma mulher que procura conhecer alguém num site ou app tem de fato uma escolha ?

É uma questão para se refletir.

Partindo da premissa que "todo mundo" usa tais apps, e está sujeito a tudo, por estar lá, fica mais uma dúvida que muitos impõem: a mulher aceita um homem, que mal conhece, ou quer conhecer melhor, e se aquilo tudo não sair como previsto, ou ate´envolver danos físicos e morais, ela que se vire, pois ela quis ir e a responsa é dela, certo?

Não. Não é.

Nem deveria ser.

É óbvio que não se pode prever no que vai dar um encontro, ou se as partes envolvidas serão de caráter, mas não é culpa de ninguém ser lesado pelo outro apenas por estar procurando se envolver com alguém legal.

Uma maioria de homens buscam tais sites unicamente para copular com o sexo feminino mais facilmente, não os culparei, e uma grande parte das mulheres faz o mesmo, e também há mulheres que querem conhecer alguém especial, sem estar com o foco apenas em sexo rápido, e claro que existem exceções para os dois lados.

Além de se dançar conforme a música para se ter seu objetivo, muitos homens não são honestos o bastante.

As vezes uma mulher quer apenas dar uma risadas, uns beijos, ou até mesmo dividir uma comida e conversar sobre o trivial. Passar o tempo. E na menor das hipóteses fazer um amigo.

As vezes um homem só quer que ela facilite logo, coma rápido e aceite ir com ele para casa ou motel, para no dia seguinte virar a página, e se buscar por outra.

O sexo consensual para quem pratica pode ser bom, desde que seja recíproco de ambas as partes, o que nem sempre é.

As vezes a mulher acaba cedendo ir para a cama por insistência do cara, ou até uma quase coação, "poxa ele deixou a casa dele pra vir me conhecer, o que posso dar em troca? " Como se a mulher devesse estar em dívida com o homem por isso.

Quando o sexo é atrativo para ambos, e há um respeito de limites, independente do depois, pode funcionar para ambas as partes.

Mas, e quando não é ?

E quando um homem apenas quer usufruir do prazer do corpo feminino sem permissões ou limites, e para isso ele se envolve, conquista, ganha confiança, apresenta para todos como troféu, e o objetivo era somente um: o gozo fácil, independente se estava confortável ou não para a parceira.

No fim o saldo é positivo, para ele; fazer sem perguntar, entrar sem permissão, e até mentir por conveniência; mas seria também para ela?

Não seria mais justo existir um app com o título de "Apenas sexo" ou "o que rolar" para menos engano e desilusão de qualquer parte que não quisesse se comunicar?

Isso é injusto, mas com certeza seria mais notado se acontecesse o oposto, e fossem as mulheres que abusassem da confiança, do corpo, do limite do macho.

O homem pagou o jantar, ou não, ou se deslocou e abriu a porta do carro, buscou a mulher, sorriu, ofereceu um presente ou um carinho, pegou a mão, deu um pouco de atenção por uma noite: pronto ele já está qualificado para exigir o que quer dela. Sem pudores.

Sem conversa?

Sem proteção?

Sem respeito?

O homem cresce, desde menino, muitas vezes sem informação, vendo internet e filme pornô, e presumidamente acha que uma mulher deveria gostar ou sentir prazer com o que é reproduzido na tela de um filme adulto.

Um conteúdo por vezes sem roteiro, limite, ou consenso, feito apenas para os olhos masculinos.

E quando ele fica com uma mulher bela na cama, pode culpar sua beleza por ter se empolgado, por ter batido com força, por ter sido violento, ou ter gozado sem avisar, dentro ou rápido.

A culpa foi da mulher.

Essa é uma carta aberta aos homens auto intitulados "macho alfa" por terem muitas parceiras, 'comerem' todas, ou trocarem de amantes como de cueca.

Você, homem em questão, pode viver da forma que lhe servir melhor, mas antes de decidir usufruir, brincar, deflorar, penetrar sem carinho, ou gozar naquele corpo sem proteção ou aviso, lembre-se de que aquele corpo tem uma alma, tem psicológico, sentimentos, vivência, passado, vontades, e até traumas também, e que sente dor, como você, mesmo que de forma diferente.

E se você continua achando que isso é ser "o macho", traindo, colecionando corpos, conversas, calcinhas, mudando de energia na sua cama a cada noite, e facilitando a propagação de dst para você e elas, eu não vou te contestar, faça o que tu queres.

Mas ao lidar com uma alma feminina, busque conhecer antes de meter.

Tente conversar antes de prometer.

Procure humanizar antes de julgar.

E procure ser honesto, antes de só usar.

Não estamos na idade média.

E só então, se quiser se relacionar, procure dialogar e entrar em acordos. Dizem que o ser humano moderno que evoluiu da idade da pedra faz isso, não é mesmo?

E se não puder, sugiro que abandone os sites e compre uma boneca inflável, e bem funda, pois com certeza vai lhe ser mais útil, e vai evitar sentimentos, discordâncias, protestos, diálogos, e até processos legais.


Helena Dalillah



Sem mais. 






Veja também : Nova Era


Até a próxima. 



sexta-feira, 17 de junho de 2022

Dicas de Suspense

 

Confira a seguir algumas dicas de suspense do Mundo de Helena:


Suspenses sobre Assédio


Para quem se interessa em ver o tema assédio nas telas há vários títulos para se conferir sobre dentro e fora da internet. 

Muitos suspenses se inspiram em fatos reais. Seja o filme biográfico ou não, continua sendo um tema muito válido a ser abordado, por se tratar, muitas vezes, de uma realidade.



Atração Fatal (Fatal Attraction) 1987 De Adryan Lyne





Dan (Michael Douglas), um homem de negócios, e Alex (Glenn Close), uma editora de livros, se envolvem em um fim de semana em que a família de Dan está viajando. 

No entanto, para Alex, o envolvimento não foi casual: ela se apaixona por Dan. 

Alex o persegue e quer chamar sua atenção, a todo custo.

Tudo isso porque ela quer ficar com ele, levando Dan e sua família ao limite.




Close foi indicada ao Oscar pelo papel. 

Atração Fatal conseguiu outras cinco indicações, incluindo melhor filme.

Um suspense de tirar o fôlego.




Mulher Solteira Procura (White Single Female)  1992 de Barbet Schroeder 





Em Nova York a bela Allison Jones (Bridget Fonda), especialista em softwares, tem uma briga com o noivo, Sam Rawson (Steven Weber), quando descobre que ele dormiu com a ex-mulher. 

Então divide seu apartamento e a jovem Hedra Carlson (Jennifer Jason Leigh) - que parece uma candidata promissora - vai morar com ela.

No início tudo parece bem, mas logo ela se mostra desequilibrada, pondo em perigo em principal sua companheira de quarto por quem nutre uma fixação inexplicável.




Um excelente suspense, com uma trilha sonora de qualidade e ótimas atuações.

Um grande título dos anos 90.

Hoje considerado cult movie.





Perseguição (Ratter) 2016 de Branden Kramer





Emma (Ashley Benson), uma estudante de pós-graduação, vive sozinha em Nova York, mas recentemente está sendo vigiada por um perseguidor obcecado que invadiu todos os seus dispositivos pessoais: computador, celular e outros dispositivos conectados a sua webcam - para gravar seus momentos mais íntimos. Como Emma torna-se cada vez mais paranóica, seu mundo começa a desmoronar pouco a pouco chegando a um epilogo surpreendente.




Ratter enfatiza a perseguição virtual no mundo contemporâneo.

Um filme realista sobre um aterrorizante pesadelo que pode se tornar realidade e um alerta sobre os perigos que envolvem a exposição na internet.

Vale a pena conferir.





DeadBolt- A morte está em casa 1992 de Douglas Jackson






Estudante de medicina (Justine Bateman) não consegue se acertar com nenhuma colega de quarto. 

Resolve, então, tentar dividir o apartamento com um homem,que parece inofensivo (Adam Baldwin). 

Mas a escolha errada acaba levando-a a encarar uma situação de crescente terror psicológico; ao se envolver com seu novo colega de quarto ela percebe que ele não é exatamente o que imaginava.




Um suspense envolvente, carregado de cenas tensas, com começo meio e fim.




Assédio Mortal (Stalking Laura/ I can't make you love me) 1993 de Michael

 Switzer





Bela e inteligente jovem após se formar vai trabalhar em grande empresa. 

Obcecado por ela, um colega de trabalho começa a assediá-la, infernizando sua vida dentro e fora da empresa, chegando a níveis extremos.

Baseado em eventos reais.




Este telefilme estrelado por Brooke Shields e Richard Thomas é apenas um exemplo do que pode acontecer em várias empresas e instituições. 

O tema assedio sexual é recorrente na cultura americana, e também no Brasil.

O filme retrata uma triste porém verdadeira história, que inclusive alertou para o fato de mudança de leis de proteção a mulher nos Estados Unidos. (em breve post)

Muito válido.





Quer mais dicas?

Até a próxima.




segunda-feira, 16 de maio de 2022

Clark Nova série Netflix

 

Estreou há pouco uma nova série  na plataforma mainstream Netflix intitulada: 

Clark


Mas quem foi Clark?






Clark Olofsson






Clark Oderth Olofsson é um criminoso sueco que agora vive na Bélgica. Ele recebeu sentenças por 
tentativa de homicídio, agressão, roubo e tráfico de drogas e passou mais da metade de sua vida em instituições correcionais na Suécia. Olofsson foi considerado o primeiro "gangster de celebridades" da Suécia.






Clark Olofsson, foi o gângster mais controverso e famoso da Suécia, desde a década de 1960 até os dias atuais, tanto que rendeu uma série biográfica e alguns livros.

Ainda muito jovem, Clark conseguia usar seu charme e seu humor para conseguir o que queria em pequenos golpes. Com o passar dos anos, ele passou a tentar golpes maiores, e com isso o charme foi desaparecendo e dando lugar a um certo desespero.

Um dos crimes mais notórios que ele cometeu foi em um banco em Estocolmo, onde ele conseguiu convencer os reféns a apoiá-lo apenas usando a malandragem. Foi ele que deu origem ao que hoje conhecemos como a Síndrome de Estocolmo.





O roubo ao banco em Estocolmo com um parceiro foi um de seus casos mais documentados.
Aparentemente, os reféns se uniram aos bandidos. 
Inclusive, Clark Olofsson ainda é amigo de uma das reféns até hoje, Kristen Enmark. 
Este cenário de roubo e refém causou a insurreição da notoriedade de seu status.









Clark- Netlfix


Clark é uma série controversa sobre o notório criminoso sueco Clark Olofsson. 
Ele passou a maior parte de sua vida na prisão por reincidência, porém arrebatou o coração de muitas mulheres em particular através da mídia.

A série está fazendo bastante sucesso por ter uma narrativa realista.


Bill Skarsgård como Clark:





Clark era um delinquente, com uma aparência, personalidade e inteligência anárquica. A série dirigida por Jonas Åkerlund e estrelado por Bill Skarsgård nos traz a história desse cara, obviamente com licença poética, pois nem tudo é 100% verdade.

Mas Clark é baseado em uma história real?
De fato é! Clark é baseado na autobiografia de Clark Olofsson.
Talvez o motivo de ter se tornado uma minissérie da Netflix, é porque a história de Clark é extremamente complexa e única.

Marijke é real? Quem são os filhos de Clark Olofsson? 
Se você se perguntou se a esposa na série, Marijke, é real, a resposta é sim. 
Ela conheceu Clark aos 19 anos em uma estação de trem na Alemanha em 1976, enquanto o criminoso estava fugindo da polícia após roubar um banco em Copenhague. 
Mesmo conhecendo a extensa ficha criminal de Clark, Marijke casou com o gangster e o casal teve 3 filhos, chamados David, Donegal e Dorian.
O filho mais velho do casal, David, é um renomado compositor e pianista. Já os outros 2 filhos são bastantes reservados e sem atividades nas redes sociais.






Em 1999 o casamento de Marijke e Clark chegou ao fim. 
Atualmente, Marijke leva uma vida reservada, morando em Hasselt em Limburg, Bélgica, onde trabalha como supervisora.

Em Estocolmo o criminoso e amigo de Clark, Olsson, fez quatro funcionários como reféns. Ele exigiu a libertação de seu bom amigo, Clark Olofsson. 
Que foi concedida, e juntou-se a Olsson no banco com os reféns. 
Então esses parceiros do crime ameaçaram os reféns repetidamente. 
Mas apesar da intimidação e da sensação de vida e morte nos cinco dias em que foram mantidos, os reféns gostaram deles.




O verdadeiro Clark Olofsson que atualmente vive na Bélgica:





O que é a Síndrome de Estocolmo?
Então os reféns se uniam nos assaltos do Clark Olofsson, e ele era tão amigável que algumas pessoas criavam empatia por ele. 
Ele é um excelente exemplo de quão forte e influente é a mídia, especialmente com a idealização e romantização de criminosos. 





Clark é uma série irreverente e original sobre a vida de um notável gangster; não tão mau assim, com suas perspectivas sobre vida, mulheres, dinheiro e prazer.
A série apresenta sua infância traumática, com um pai violento, e também foca em suas conquistas amorosas e na forma especial e encantadora com que tratava as mulheres.
Destaque para as filosofias e devaneios de Clark quando ele está preso, com tempo de sobra para monólogos, em que pensa no amor que sente pelas mulheres, e pelo prazer do corpo feminino, de forma poética e irreverente.
Uma grata surpresa para quem procura algo original e fora da caixinha.
Direção, fotografia,  e trilha sonora são fenomenais, com momentos cômicos, takes muito peculiares, e cenas também produzidas com animação.
Sem contar as atuações que são brilhantes, principalmente a de Bill Skarsgård que literalmente rouba a cena, um grande ator.
Sensacional.
Série super recomendada.


Helena Dalillah








"Let The party Begin."
Clark Olofsson.


Até a próxima. 





sexta-feira, 6 de maio de 2022

Pensamento: Falhar

 Prosa e pensamento


Falhar 





Eu falhei comigo. Eu assumo. 

Falhei quando me importei mais com os outros do que comigo. 

Falhei quando estagnei por medo de falhar, e quando tudo que acontecia me levava mais pra baixo e eu não tinha saúde pra pular os obstáculos, e usava os atalhos da vida para seguir empurrando, fingindo estar tudo bem quando só eu sabia o peso que eu carregava e ainda carrego dentro de mim. 

Falhei quando escutei e acreditei em humilhações que me fizeram passar e me achei merecedora delas. 

Falhei quando meu desânimo foi maior que minha disposição. Falhei quando minha esperança foi encoberta pelos meus traumas, e minha dor emocional se tornava crônica e física.

Falhei quando esperei um afago e recebi agressão da vida, de muitas formas, e não me senti forte pra levantar na hora que as pessoas esperavam que eu levantasse. Falhei quando parei de ouvir a mim mesma e minhas necessidades e abri mão do meu bem estar para permanecer em lugares desconhecidos, drenando minha energia com pessoas que não agregavam nem me queriam, só desejavam provar de um momento.

Falhei quando dei toda a minha verdade e lealdade para quem teve a ousadia de mentir olhando nos meus olhos. 

Falhei quando abri minha intimidade, meu eu, meus medos e sonhos para aqueles que não sabiam sequer valorizar um sentimento humano e nem sequer sentir empatia pela minha luta e interesse pela minha história. 

Falhei quando estava me sentindo mal, e me incomodava com atitudes erradas e palavras rudes, e omiti tudo isso em nome de manter uma falsa paz que eu não sentia em relações rasas que não me acrescentaram.

Falhei quando esperei rosas de onde só poderia sair espinhos.

Falhei quando levei toda a culpa por algo que não me pertencia.

Falhei quando aceitei menos do que merecia e me conformei em seguir pela metade. 

Eu falhei quando fiquei deitada por um tempo, e usei um remédio como muleta para parecer alguém normal, mas ele não resolvia minha vida nem minhas dores, só amenizava sintomas de um transtorno. 

Eu falhei quando tentei me encaixar no padrão do outro e esqueci de respeitar quem eu era, e onde eu tinha chegado, apesar de quase morrer antes, e que apesar de menosprezada eu tinha sentimentos profundos.

Eu falhei sim, adoeci sim e me acomodei sim, porque doía muito, mas a posição que estive nunca foi cômoda como muitos pensam, nunca escolhi viver assim,  e sim, de certa forma ainda dói, mas hoje optei por não permanecer assim. Embora o processo seja lento eu não desisti de seguir, mas vou respeitar meus limites. Eu escolhi a mim mesma e priorizar meu bem estar e crescimento, ainda que ninguém tenha enxergado o que me custou continuar aqui, mesmo quando parecia que estava tudo bem. Quando eu usava um sorriso para desviar minha marca de lágrima. Quando eu dançava no escuro mas por dentro minha alma entorpecida vomitava. Quando eu aceitava pequenas agressões a meu corpo e fingia que não doía só para estar com alguém que nem se importava.

Eu quero agradecer quem sempre acreditou em mim e nunca usou o que passei contra mim, e tentou entender mesmo quando eu mesma não me entendia. 

Eu falhei quando me senti insuficiente para todos, quando na verdade eu tinha que ser suficiente para mim e o resto vem depois. 

Eu falhei quando acreditei em tudo de ruim que me aconteceu e levei aquilo como um padrão por não poder reverter, eu falhei quando não consegui perdoar, mas sobretudo absolver a mim mesma da culpa que eu carregava. Eu falhei quando achei que eu pra ser completa precisava ter a aprovação de quem nem me conhecia a fundo, mas se achava no direito de cobrar. 

Eu falhei quando cedi aos outros e não ouvi os meus próprios nãos.

Eu falhei quando quis preencher um vazio que faltava no outro e que não me cabia pois era do passado do outro e não meu.

Eu falhei quando não me aceitei falha, e quis mostrar ser perfeita.

Grata pelo caminho e aprendizado que não é de ninguém mas somente meu. 

Porque só quem sentiu fui eu e só quem podia levantar era eu. 

Obrigada por ainda estar aqui apesar de tudo. Você vai chegar lá, e sozinha. 

De: Eu. 

Para : Eu.


Helena Dalillah






Até a próxima. 

quarta-feira, 2 de março de 2022

Maquiagem 2022

 

Tendências de make 2022

Vamos ver o que está em alta nesse verão:


Delineador gráfico




O delineador no formato “gatinho” foi tendência de maquiagem por muito tempo, mas para o verão 2022, o delineado volta de uma forma diferente, inspirado nas passarelas internacionais de moda e na série Euphoria, da HBO.





Dessa vez, o delineador aparece em tamanho maior, que se estende por toda pálpebra, ou ainda, como delineado duplo, vazado e em diversas formas gráficas.


Cores neon




O colorido nos olhos vai estar em alta nas maquiagens de verão 2022, ponto positivo para as mulheres que gostam de uma make alegre e que fuja do básico. Com isso, o neon chegou com tudo na alta estação.





Os tons vibrantes podem aparecer como sombra de uma cor para realçar os olhos ou combinando com o delineado gráfico. Se a proposta da make for básica, o neon pode aparecer apenas no canto dos olhos.





Pele iluminada




Vez ou outra a pele iluminada volta a fazer parte das tendências de maquiagem para o verão. Talvez seja porque o glow da pele combina com a atmosfera dos dias quentes.




A pele iluminada combina com todos os tipos de makes, tanto as mais básicas, para o dia a dia, quanto as sofisticadas, para ocasiões mais elaboradas, como uma festa à noite.




Para essa tendência, o iluminador deve fazer parte da maquiagem e serve para realçar pontos de luz no rosto, como no cantos dos olhos, abaixo do arco das sobrancelhas, na ponta do nariz.



Pedras e brilho




Deu para perceber que as cores e o brilho serão as grandes tendências de maquiagem para o verão 2022. Nesse sentido, a aplicação de brilhos, strass, pedrarias e cristais, principalmente na região dos olhos, promete aparecer com força nas makes.




O uso de pedras brilhantes nas makes pode ser explicado novamente pelo sucesso entre o público jovem da série Euphoria, que tem lançado diversas tendências. Várias famosas apareceram nos últimos meses usando cristais na maquiagem.




Para as mulheres mais discretas, a pedraria pode aparecer de forma singela no cantinho dos olhos.


Maquiagem natural




Apesar desta lista estar repleta de brilho e cores, a maquiagem natural também chega com força no verão 2022, e a tendência das makes super carregadas de produtos será deixada um pouco de lado. Dessa forma, o destaque ficará para a região dos olhos e dos lábios.




Gostaram meninas?

Até a próxima.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Chris Duntsch : Dr Death

 

Você conhece a história de Dr Morte ?


Christopher Duntsch - O Dr Morte


O neurocirurgião de Dallas tinha extrema confiança em suas habilidades, tanto que se autoproclamou o 'melhor cirurgião e cientista do caralho' e um 'supernova sofisticado sábio'. 


No entanto, ele acabou estragando tantas cirurgias - até mesmo operações de rotina - que acabaram mutilando e matando seus pacientes.




DR MORTE

Nascido em 1971, Duntsch cresceu em Memphis, Tennessee, e se formou na Universidade de Memphis em 1994. 

Ele se matriculou no Universidade do Tennessee Health Science Center, onde obteve seu MD e PhD, e se formou com honras.

Ele permaneceu na Universidade de Tennesee para realizar sua residência médica de seis anos.






Enquanto era residente da universidade, Duntsch supostamente abusou de drogas enquanto estava trabalhando. Um interlocutor anônimo reclamou que Duntsch estava fazendo isso e ele foi 

convidado a fazer um teste de urina. No entanto, acabou evitando e foi encaminhado para um programa de médicos deficientes, conforme detalhes do 'American Greed'. 

Após a conclusão do programa, ele voltou a ser um residente, com muitos de seus colegas não sabendo de seu suposto uso de drogas.

Depois de terminar na Universidade do Tennessee no final de 2010, mudou-se para Dallas, Texas, onde começou a trabalhar como consultório particular. Em novembro de 2011, ele recebeu privilégios cirúrgicos no Baylor Regional Medical Center de Plano, Texas, agora chamado de Baylor, Scott and White. 

Quando ele ingressou no centro médico, foi-lhe oferecido um salário anual de $ 600.000, além de bônus - um alívio bem-vindo para o médico que tinha cerca de meio milhão de dólares em dívidas.




Lá, ele costumava se gabar de suas supostas proezas em cirurgia. Um ex-colega, Dr. Mark Hoyle, disse à D Magazine que Duntsch proclamava coisas como:

 'Todo mundo está fazendo errado. Eu sou o único cara limpo e minimamente invasivo em todo o estado. '

O próprio Hoyle trabalharia com Duntsch em uma cirurgia, mas depois de ver o desempenho imprudente do último - Duntsch cortou desnecessariamente um ligamento na perna do paciente, levando-o a ainda sofrer de dores nas costas e dormência nos pés - ele cancelou todas as outras cirurgias que tinha agendado com ele.

Por exemplo, Duntsch fazia diagnósticos errados repetidamente e conduzia cirurgias desnecessárias. Em julho de 2012, ele operou Mary Efurd, que a deixou em uma cadeira de rodas. 

Durante uma cirurgia de fusão espinhal, ele cortou uma das raízes nervosas de Efurd e deixou hardware cirúrgico nos músculos das costas. Quando outro cirurgião, Robert Henderson realizou a cirurgia corretiva em Efurd, ele sentido O trabalho de Duntsch era como uma criança brincando com Tinkertoys ou um conjunto eretor. 

Duntsch perfurou seu músculo em vez de seu osso e imprudentemente cortou um nervo na raiz, e deliberadamente torceu um parafuso de metal em outro. Efurd ficou paralisado como resultado.

Em abril de 2013, Duntsch operou Phillip Mayfield, que optou por uma cirurgia para aliviar a dor crônica nas costas. 

A cirurgia malfeita de Duntsch em Mayfield deixou sua medula espinhal completamente deformada, o que o deixou paralisado.

Mas esse foi apenas o começo da negligência de Duntsch. Com o passar do tempo, ocorrências semelhantes se repetiram - uma fusão espinhal de rotina em um paciente em janeiro de 

2012 levou ao aumento da dor nas costas do paciente. 

No mês seguinte, a cirurgia de Duntsch em Jerry Summers o deixaria paralisado abaixo do pescoço até hoje. Baylor suspendeu os privilégios cirúrgicos de Duntsch apenas por 30 dias após a cirurgia malfeita de Summers. 

Quando Duntsch voltou para a sala de cirurgia, ele realizou uma operação de rotina nas costas em Kelli Martin, que queria aliviar a dor nas costas de uma queda. 

O que deveria ser uma cirurgia simples, no entanto, acabou com Martin sangrando até a morte. Em vez de ser demitido, Duntsch renunciou, o que significava que Baylor não teria que relatar o médico ao banco de dados.

Depois disso, Duntsch ingressou no Dallas Medical Center. 

Em 24 horas, um paciente morreu e outro ficou permanentemente incapacitado. 

Em menos de um mês, Duntsch foi demitido do Dallas Medical Center e relatado ao Texas Medical Board. No entanto, Duntsch continuou a realizar cirurgias. 

Freqüentemente, os colegas suspeitariam que Duntsch estava drogado durante as cirurgias.

Foi apenas no verão do ano seguinte, em 2013, que a sua licença de médico foi suspensa, seguida da sua revogação definitiva em dezembro desse ano. De acordo com dados oficiais, dos 38 pacientes operados por Duntsch, 31 ficaram permanentemente paralisados ou gravemente feridos, e dois morreram.

Mais tarde, ele declarou falência e foi morar com seus pais no Colorado. No início de 2014, ele foi preso  e enviado para a reabilitação. 

Em julho de 2015, ele foi indiciado por um grande júri do condado de Dallas por seis acusações de agressão agravada com arma mortal (suas mãos e instrumentos cirúrgicos). No decorrer do julgamento, os promotores revelaram uma carta enviada por Duntsch à ex-assistente Kimberly Morgan, na qual ele escreve:

'Estou pronto para deixar o amor, a bondade, a bondade e a paciência que misturo com tudo o mais que sou e me tornar um assassino de sangue frio.' 

Em outra seção, ele se descreve como um matador de coração de pedra que pode comprar, possuir, roubar, arruinar ou construir o que quiser.

Também em uma de suas cartas se definia como uma mistura de deus, e o anticristo.

Quando a lei finalmente o pegou, os detalhes perturbadores da negligência começaram a emergir.

O júri levou apenas quatro horas após um julgamento de 13 dias para declarar Duntsch culpado de lesão a uma pessoa idosa - os promotores optaram por se concentrar em Mary Efurd, uma vez que as lesões sofridas por ela eram criminosas e acarretavam a uma pena mais dura, de acordo com The Washington Post . 

Ele foi então condenado à prisão perpétua. 

Um apelo à sua sentença foi rejeitado e a sua condenação foi sustentada em 2018. Ele está atualmente preso na Unidade OB Ellis do Departamento de Justiça Criminal do Texas, com a liberdade condicional mais cedo possível em 2045.

Ao assistir ao documentário sobre a história do famoso cirurgião ficamos estarrecidos diante de algo tão macabro e cruel orquestrado por um profissional que sabia o que fazia e se auto proclamava o melhor de todos.



A história também ganhou uma dramatização para tv em forma de seriado, com a interpretação magistral de Joshua Jackson, e co estrelando Alec Baldwin e Christian Slater.



A bizarra e chocante biografia do médico é retratada na produção Dr. Death da Starzplay.

Uma série de 9 episódios imperdíveis e perturbadores:




Um assassino a sangue frio, crimes estarrecedores, vítimas fatais e paralisadas.

Um médico narcisista, psicopata, de charme irresistível, que encantava seus pacientes e os levava para uma situação de dor extrema, deficiência, e até a morte.

Ausência de empatia, delírios de grandeza, e abuso de drogas.

Esse é Christopher Dunscth.

Quantos mais como ele existirão?


Helena Dalillah





Até a próxima.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Crítica Scream (Sem spoilers)








Scream 5: Uma bela homenagem a Wes





Scream (2022) Dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett

A trama começa apresentando Tara (Jenna Ortega) que esta esperando sua amiga Amber em casa e recebe um telefonema misterioso de alguém enigmático querendo falar sobre filmes de terror.

É claro que a premissa já conhecemos.

Mas o que não se sabe dessa vez é que a história será reescrita.




“- Hello, Sidney!”




Dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett responsáveis pelo horror moderno Casamento Sangrento. 



Contando com parte do clássico original, alguns rostos novos e um elenco juvenil promissor, a grande surpresa desse longa sem dúvida é a presença de Jack Quaid (The Boys), filho dos veteranos Meg Ryan e Dennis Quaid, e que nos entrega uma atuação genuína e competente.




A voz do nosso famoso Ghostface ainda é a mesma dublada pelo ator Robert L. Jackson, como nos demais filmes.

Com uma dose de humor, um suspense na medida, sem exageros de filmagem, Scream consegue prender do inicio ao fim, trazer um roteiro que nos remete ao início e homenagear da melhor forma nossa franquia do saudoso mestre Wes.

Temos de volta em Woodsboro: David Arquette como Dewey, Gale - a repórter, e nossa querida Sidney Prescott que de início aparece de fundo na trama, se tornando cada vez mais primordial ao cenário atual visto que é sobrevivente e experiente o bastante para auxiliar o grupo.




Pânico 5, além de tudo é uma bem humorada abertura do diálogo entre gerações, unindo a nova e a antiga era por um propósito, e tem tudo para agradar ambas as faixas etárias.

Para os fãs da franquia, impossível evitar a nostalgia em cenários, trilhas e personagens que aprendemos a amar.

A revelação do assassino(a)(s) surpreende mais uma vez, recontando a história que já conhecemos mas acrescentando detalhes que não deixam pontas soltas.

Sem dúvida um suspense original que vale a pena ser visto, cenários e trilhas igualmente interessantes, e atuações convincentes.

Destaque para a primeira cena que consegue deixar tensão e suspense no ar sendo uma ótima abertura para o capítulo 5, e não fica devendo nada ao resto da franquia.

E mais uma vez nos trazendo as regras de uma sequência de horror, e como sobreviver a ela, e entretém trazendo novas surpresas. 

Um emocionante revival.

Cenas de morte bem improvisadas, sem fugir do estilo criado e reinventado por Wes, que sem dúvida teria se orgulhado da obra se estivesse entre nós.


Helena Dalillah




Co-diretor de Pânico (2022), Matt Bettinelli-Olpin definiu o filme:

“Nosso ponto de partida era que isso deveria ser uma carta de amor a Wes Craven, Pânico e o trabalho dele. Eu diria que ao longo da produção do filme e dentro do próprio produto final há tanto pequenas quanto grandes referências a Wes. No final do dia, tudo é uma carta de amor para Wes feita por nós. Ele é um dos maiores diretores da geração dele.”

Neve Campbell não queria reprisar o papel de Sidney sem Wes.

Quando descobriram que Campbell cogitava não retornar, enviaram uma carta pessoal tentando convencê-la a reprisar o papel de Sidney. A atriz aceitou, apenas porque os cineastas explicaram que Wes Craven foi a razão do começo de suas carreiras no cinema, citaram Pânico (1996) como uma grande influência e deixaram claro como gostariam de trabalhar com ela. 

"Queriam honrar Wes e seu legado. Acho que se não tivessem escrito a carta, não teria participado." Neve Campbell.




Pânico 5 2022

Dirigidos por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett

Elenco: Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette, Robert L. Jackson, Marley Shelton, Dylan Minnette, Jack Quaid, Jenna Ortega, Melissa Barrera, Mikey Madison e Skeet Ulrich.




Até a próxima


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