Pintura (Eu nunca tive nada)
Já tive mil caminhos
dividi de mãos dadas,
partilhei do fôlego, rotina,
partilhei do fôlego, rotina,
confiei minha alma
corpo, alegria
sensações, singulares
distintos momentos
quadros realistas
abstratos, até vividos
cinzentos, multi coloridos
foram únicos
no instante
distintos momentos
quadros realistas
abstratos, até vividos
cinzentos, multi coloridos
foram únicos
no instante
num segundo
eternos
jurei amar eternamente,
o vermelho sangue
eternos
jurei amar eternamente,
o vermelho sangue
se verteu a minha frente.
Na tela viva a tinta escorreu.
Borrou.
Borrou.
Desertei.
Lavei.
Apaguei, venci
Me redesenhei.
Apaguei, venci
Me redesenhei.
Recomecei.
Desacreditei,
porém fui enfeitiçada
amei de novo,
cada nova descoberta
única, peculiar
um mundo novo multicor
pro meu capricho refazer
pintura a óleo vibrante
recomeçar a nuance
na minha tela viva sonhar.
Tudo mudou
o dia escureceu; a noite chegou,
Desacreditei,
porém fui enfeitiçada
amei de novo,
cada nova descoberta
única, peculiar
um mundo novo multicor
pro meu capricho refazer
pintura a óleo vibrante
recomeçar a nuance
na minha tela viva sonhar.
Tudo mudou
o dia escureceu; a noite chegou,
do zero,
o instante me abandonou.
Sozinha
minha tela borrada jazia
entrecortada solidão
alguém batia na porta;
o instante me abandonou.
Sozinha
minha tela borrada jazia
entrecortada solidão
alguém batia na porta;
eu abriria?
Ninguém poderia mudar a minha vida.
Foi muito amor
foi amargo exílio
foi pintura intimista
nudez prevista
deleite intenso
foi doce sentimento
pele, fogo,
Ninguém poderia mudar a minha vida.
Foi muito amor
foi amargo exílio
foi pintura intimista
nudez prevista
deleite intenso
foi doce sentimento
pele, fogo,
devaneio ao vento
foi verdadeiro
foi verdadeiro
e não passou de ilusão
o tudo que eu tinha
o tudo que eu tinha
se desintegrou
um mundo infinito
um mundo infinito
em casos passageiros
no nada se tornou.
A tela em branco ficou.
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no nada se tornou.
A tela em branco ficou.
Helena Dalillah
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A Lei de Direitos Autorais n° 9610/98, especialmente o Art. 29, expressa claramente a necessidade de autorização prévia do autor para utilização da obra, por quaisquer modalidades. Aos autores pertence o direito exclusivo de publicação ou reprodução de suas obras.
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Triste, porém bonita poesia.
ResponderExcluirParabéns, Dalillah ;-)
Deep and purple (no references)
ResponderExcluirUau...
ResponderExcluirVolto para comentar algo menos tolo quando eu acabar de absorver tudo.
Sensacional! =)
Para se refletir ! Muito
ResponderExcluirBom