quarta-feira, 5 de julho de 2023

Poesia: Fonte

Fonte


Havia uma fonte

bela e majestosa

brilhava na escuridão

cintilava a luz do dia

parecia ter vida

abundante 

sempre em movimento

quem dela provava se fartava

logo saia contente

no porvir não retornava.

O ano findou

o tempo passou

a fonte envelheceu

a cor acinzentou

a água escureceu.


Restou o frio

na sombra úmida ficou

sozinha, abandonada,

resta quebrada

a fonte que secou.


Helena Dalillah







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Até a próxima.



4 comentários:

  1. O seu poema evoca uma sensação de beleza e majestade inicial, semelhante à descrição da grandiosidade e do poder representados na estátua de Ozymandias. Ambos os textos descrevem algo que já foi magnífico, mas que com o passar do tempo, experimentou um declínio inevitável.

    Assim como na estátua de Ozymandias, que agora está em ruínas no deserto, a fonte que você descreveu também envelheceu e perdeu sua antiga glória. Enquanto a estátua se torna uma lembrança do poder e da arrogância do faraó, a fonte se transforma em uma imagem da efemeridade da vida e da passagem do tempo.

    A descrição da fonte envelhecida, com sua cor acinzentada e água escurecida, reflete a deterioração física e o esquecimento que também são temas centrais em "Ozymandias". Ambos os poemas sugerem uma reflexão sobre a transitoriedade da vida e da glória humana, bem como a inevitabilidade da decadência e da ruína.

    No final, tanto a estátua quanto a fonte são deixadas solitárias e abandonadas, testemunhas silenciosas da passagem do tempo e da inevitável marcha em direção à obscuridade. Ambos os poemas nos lembram da fragilidade da existência humana e da importância de valorizar o presente enquanto podemos.

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