Fonte
Havia uma fonte
bela e majestosa
brilhava na escuridão
cintilava a luz do dia
parecia ter vida
abundante
sempre em movimento
quem dela provava se fartava
logo saia contente
no porvir não retornava.
O ano findou
o tempo passou
a fonte envelheceu
a cor acinzentou
a água escureceu.
Restou o frio
na sombra úmida ficou
sozinha, abandonada,
resta quebrada
a fonte que secou.
Helena Dalillah
Leia mais: Clique aqui
Até a próxima.
Poema belíssimo
ResponderExcluirLindo 💗
ResponderExcluirLinda interpretação da fonte.
ResponderExcluirO seu poema evoca uma sensação de beleza e majestade inicial, semelhante à descrição da grandiosidade e do poder representados na estátua de Ozymandias. Ambos os textos descrevem algo que já foi magnífico, mas que com o passar do tempo, experimentou um declínio inevitável.
ResponderExcluirAssim como na estátua de Ozymandias, que agora está em ruínas no deserto, a fonte que você descreveu também envelheceu e perdeu sua antiga glória. Enquanto a estátua se torna uma lembrança do poder e da arrogância do faraó, a fonte se transforma em uma imagem da efemeridade da vida e da passagem do tempo.
A descrição da fonte envelhecida, com sua cor acinzentada e água escurecida, reflete a deterioração física e o esquecimento que também são temas centrais em "Ozymandias". Ambos os poemas sugerem uma reflexão sobre a transitoriedade da vida e da glória humana, bem como a inevitabilidade da decadência e da ruína.
No final, tanto a estátua quanto a fonte são deixadas solitárias e abandonadas, testemunhas silenciosas da passagem do tempo e da inevitável marcha em direção à obscuridade. Ambos os poemas nos lembram da fragilidade da existência humana e da importância de valorizar o presente enquanto podemos.