quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Cinema: Frank Henenlotter



Um cineasta único:



Frank Henenlotter






Frank Henenlotter, de 29 de agosto de 1950, é um diretor, roteirista e historiador de cinema.
Ele é conhecido principalmente por suas comédias de horror, que ele prefere que sejam classificadas como "exploitation".



Declarações do diretor

- "Eu nunca senti que eu fiz filmes de terror. Eu sempre senti que fiz filmes de exploitation."

- Filmes exploitations têm mais atitude do que qualquer outro gênero, uma atitude que você não encontra em produções de Hollywood.
Eles são um pouco mais rudes, um pouco provocadores, eles lidam com temas que a maioria dos diretores não falam em seus filmes, seja sexo, drogas ou rock and roll."



Vida
Henenlotter "desperdiçou" alegremente sua juventude assistindo a uma grande variedade de filmes de exploitation, em vários cinemas grindhouse na 42nd Street.
Henenlotter começou a fazer filmes de 8 milímetros quando ainda era adolescente.
Fora do cinema, Frank tem sido responsável pelo lançamento de um volume enorme de filme dos anos 60 e 70, soft-core e exploitation tanto na época do VHS e agora em DVD pela distribuidora Something Weird Video.


Carreira
Henenlotter fez uma estreia sensacional com o filme Basket Case (1982) que contava a história do desprezível monstro splatter Belial Bradley, ganhando seu status de cult com este clássico americano de baixo orçamento.



Volta
Após uma ausência prolongada do trabalho como diretor, desde Basket Case 3: The Progeny (1992), Frank Henenlotter fez um retorno bem-sucedido com o bizarro "Bad Biology" (2008)
Ele também dirigiu os documentários "Thats Sexploitation" em 2013 e "Herschell Gordon Lewis: The Godfather of Gore" em 2010.
O seu mais novo filme Chasing Bansky foi lançado em 2015.







Títulos do Diretor:

Basket Case (O Mistério do Cesto) 1982






Duane (Kevin Van Hentenryck) é um tipo acanhado que chega a New York e se acomoda num pestilento hotel cheio de mendigos e prostitutas.
No bolso traz centenas de notas de dólar e, por baixo do braço, carrega um enorme cesto que desperta as atenções.
Duane parece um moço ingênuo, mas afinal viajou até a grande cidade com que objetivo?
O que será que ele leva no cesto?






Trash oitentista excelente, com uma história horrenda e perturbadora sobre uma delicada situação familiar.
Apesar do ar trash, é comovente a situação do protagonista que carrega um fardo eterno ao longo do filme.
É interessante o conceito como metáfora psicanalítica.
Virou cult no gênero, e seu número de fãs cresce até hoje.
Confira você mesmo.






Brain Damage (O soro do mal) 1988 






Brain Damage nos apresenta Brian (Rick Hearst), um jovem que entra em contato com um nojento parasita que secreta uma droga altamente viciante que lhe proporciona um prazer nunca antes sentido.
Brian se torna viciado na tal substância.
Mas o parasita exige algo de Brian para continuar lhe fornecendo as doses: cérebros humanos.
A partir daí Brian é obrigado a ir a caça de vítimas para saciar o tal parasita para que ele continue recebendo as doses da droga da qual ele se viciou.






Uma excelente metáfora ao tabu da masturbação e a pressão da sociedade em uma juventude reprimida.
Divertido e marcante.






Basket Case 2 1990






Após os acontecimentos do 1º filme, o estranho e introvertido Duane e seu disforme irmão siamês Belial são recolhidos por uma velha médica conhecida como Vovó Ruth, que os leva para uma casa que ela mantém para "indivíduos especiais". Quando um tabloide sensacionalista oferece um milhão de dólares a quem localizar os "Gêmeos de Times Square", a repórter Marcie Elliott segue a pista de Duane e Belial até chegar à clínica de Vovó Ruth e ameaça denunciar a bizarra comunidade. Dispostos a defender sua privacidade, Duane e Belial juntam-se aos tipos mais estranhos e arquitetam um plano de vingança.





Seqüência do famoso "Basket Case" (1982), com mais monstrengos absurdos e situações amalucadas.
Aqui o trash é mais escrachado e envolvendo situações muito divertidas.







Frankenhooker (Que pedaço de mulher) 1990






Cientista louco planeja ressuscitar a sua noiva, que foi triturada por um cortador de grama.
Para reconstituir o corpo de sua amada, ele vende uma droga explosiva para prostitutas a fim de utilizar partes de seus corpos na experiência.






É uma paródia baseada no livro Frankenstein de Mary Shelley.
O título já diz a que veio de forma bem clara. A tradução literal seria algo como “Frankenprostituta”, fazendo uma analogia ao famoso monstro de Frankenstein e as profissionais da noite.
Então já pode se esperar que bagaceira e escracho, marcas registradas de Henenlotter que sempre andam juntas em sua obra, viria por aí. A trama nos apresenta Jeffrey (James Lorinz) um sujeito que trabalha como eletricista, mas sua verdadeira paixão é a medicina, fazendo bicos, tipo reconstruindo um cérebro e lipoaspirações em sua noiva, Elizabeth Shelley (veja se tanto o nome quanto sobrenome da personagem lhe é familiar).






Em um churrasco de aniversário de seu pai, ela morre de uma forma acidentalmente trágica e sanguinária, sendo esfacelada por uma máquina de cortar grama, construída por Jeffrey de presente para o sogrão. O corpo da mulher fica severamente mutilado e irreconhecível, apenas com sua cabeça e poucas partes intactas, essas que misteriosamente sumiram. Misteriosamente para a polícia e imprensa, pois Jeffrey as roubou para manter em um freezer boiando dentro de um composto químico a base de estrógeno que desenvolveu para que não apodrecesse, e assim, varrido por uma onda de depressão e obsessão quanto a ressuscitar a moça, resolve esperar uma forte tempestade que se aproximará nos próximos dois dias e galvanizar a ex-noiva, para trazê-la a vida, tal qual o Dr. Frankenstein.
Resultado: Frankenhooker é um filme original e louco no bom sentido.



Basket Case 3 The Progeny 1991






A saga dos bizarros irmãos gêmeos Duane e Belial continua. Os irmãos saem em uma tranquila excursão com sua família de "indivíduos especiais" rumo ao sul. Ao mesmo tempo que Belial está a ponto de se tornar pai e seu cesto não é grande o suficiente para sua prole. Mas quando os ajudantes do xerife resolvem sequestrar os "bebês", a família resolve contra-atacar, com terríveis conseqüências.






Última parte da franquia, que fecha com chave de ouro a história dos nossos queridos e mutantes irmãos.

Bad Biology 2008







Jennifer (Charlee Danielson)  é uma fotógrafa que vive em Nova York e gosta de fotografar cenas de assassinatos sangrentos. Mas ela tem outras particularidades.
Nasceu com 8 clítoris e tem um apetite sexual insaciável o que a leva a buscar múltiplos parceiros, os quais ela mata num violento frenesi de prazer.
Batz (Anthony Sneed) está aprendendo a lidar com seu pênis mutante, que ele mesmo alterou através do uso de drogas, e agora cresceu a um tamanho anormal e está fora de controle.
Quando Jennifer vai tirar fotos na casa de Batz eles encontram-se e não demora para que criem um vínculo que leva a uma explosiva experiência sexual que irá culminar numa horrível história de amor.







O fardo que de certa forma Jennifer carregava, assim como Batz, que aparentava ser seu par perfeito é uma crítica a sexualidade em geral.
Fora a temática da busca pela satisfação e da liberdade sexual feminina, o que deixa uma boa crítica sem dúvida.






Frank Henenlotter é e sempre será o diretor de bizarrices mais criativo da história.









Até a próxima.





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